
Foto: Luciele Oliveira/MinC
Ministros da Cultura do G20 elegeram o combate ao roubo, pilhagem e tráfico ilícito de bens culturais como uma das prioridades centrais da agenda internacional. O consenso ocorreu com a assinatura da Declaração de KwaDukuza, durante encontro na África do Sul, em 29 de outubro.
O documento oficial vê a urgente necessidade de ações que garantam a salvaguarda do patrimônio cultural diante da escalada de conflitos armados, das mudanças climáticas e do tráfico ilícito. Os líderes do G20 expressaram “profunda preocupação” com as ligações diretas entre o mercado ilegal de bens culturais e fluxos financeiros ilícitos, incluindo a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo.
Com a necessidade de ampla divulgação e resposta rápida, uma das principais inovações apresentadas durante os debates técnicos do G20 foi o uso intensivo de tecnologia para rastrear obras roubadas. Especialistas destacaram o lançamento do “UNESCO Virtual Museum of Stolen Cultural Objects“, uma plataforma para reunir digitalmente objetos que constam no banco de dados de obras de arte roubadas da INTERPOL, permitindo que o público conheça o patrimônio subtraído de suas comunidades de origem.
O Ministério da Cultura do Brasil/MinC celebrou a declaração como uma consolidação do legado brasileiro na agenda cultural do grupo, destacando que o documento reflete os compromissos de salvaguarda e restituição defendidos pelo país, fortalecendo a posição do Brasil no diálogo multilateral sobre cultura e desenvolvimento sustentável.
SAIBA MAIS:
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Coordenação de Gestão de Riscos e Fiscalização Museal – COGEFIM
Departamento de Processos Museais – DPMUS
Instituto Brasileiros de Museus – IBRAM
